Opinião – Por Rafael Bruza
O dono do SBT, SS, apoiou governantes da Ditadura – o quadro “a semana do presidente” é inesquecível, nesse sentido. Ano passado fez acordos com Michel Temer e levou o emedebista a seu programa para favorecer a Reforma da Previdência do Governo Federal. E agora, com a vitória de Bolsonaro nas eleições, decidiu confirmar sua tendência chapa-branca (comunicador defensor de governos) usando um slogan da Ditadura Militar num comercial do SBT: “Brasil, ame-o ou deixe-o”.
A frase surgiu durante o governo de Médici (1969-1974), considerado por muitos historiadores como o mais repressivo contra opositores.
Traduzindo o lema: ou você abaixa a cabeça ao governo ou sairá do Brasil (exilado ou morto).
Procurado pelo Portal UOL, o SBT confirmou a autoria das peças publicitárias, mas declarou que “não vai se pronunciar por questões estratégicas” – reparem como o discurso de justificativa se parece com o usado por Bolsonaro para escapar de debates.
É ingenuidade esperar um jornalismo minimamente crítico dessa emissora que recebeu R$ 1,6 bilhões do Governo Federal entre 2003 a 2014, com o PT na Presidência.
E é mais ingênuo ainda esperar que Bolsonaro corte os mais de R$ 100 milhões que a emissora costuma receber por ano do Governo Federal.
Afinal de contas, o presidente eleito, assim como seus antecessores, recompensam suas redações aliadas com dinheiro público – e você paga por isso.
“Ma-oê, Quem quer dinheiro?”
| O Independente pode produzir conteúdo crítico em sua cobertura porque é financiado por cidadãos (e não empresas ou partidos). Faça parte desta rede: apoia.se/independentejor